O Fundador

QUEM FOI JOÃO DA COSTA

JOÃO DA COSTA nasceu em 12 de Outubro de 1912, no seio de uma família humilde, no lugar de Milharadas, Freguesia do Beco, Concelho de Ferreira do Zêzere, onde aprendeu a ler e a escrever. Com 13 anos, migrou para Lisboa, à procura de melhores condições de vida, tendo encontrado colocação como marçano de mercearia (aprendiz de caixeiro), ao mesmo tempo que frequentava o curso comercial nocturno do Ateneu Comercial de Lisboa, que infelizmente não conseguiu concluir, por virtude da exigência dos seus deveres profissionais. Ainda jovem, conseguiu estabelecer-se por conta própria na Rua da Prata, na Baixa de Lisboa, onde montou um estabelecimento de Charcutaria/Mercearia. A partir de então, não mais parou de crescer como comerciante, sendo reconhecido na praça, pelos seus pares, como um exemplo de trabalho e sucesso profissional. Conflitos pessoais com a família mais chegada, levaram-no ao extremo de cortar relações, mas isso não o impediu de sempre manter uma assídua e viva ligação à terra que o viu nascer, onde se deslocava com frequência. Já em idade madura, casou com Maria Sanchez Bueno da Costa, que dedicada e extremosamente o acompanhou ao longo do resto da sua vida.

João da Costa nunca teve filhos e, previdente como era, tomou disposições para acautelar o destino dos seus bens após o seu falecimento. Quem o conheceu, sabe que nunca esqueceu a aldeia onde nasceu, nem a pequena e pobre escola onde aprendeu a ler e a escrever. Por isso, ainda em plena pujança da vida, decidiu que, após o seu falecimento, os bens de que dispusesse, seriam repartidos entre a sua querida esposa, e uma Fundação a criar, destinada à assistência, promoção social e cultural dos seus beneficiários, financiamento de estudos de carácter científico, artístico ou literário, pagamento de refeições a alunos, concessão de prémios anuais e bolsas de estudo, em especial aos alunos da sua terra natal. As contingências de vida fizeram que, o falecimento de João da Costa, tivesse sucedido num momento de grande crise para o comércio de produtos alimentares por grosso a que preponderantemente se dedicava, crise essa provocada pelo aparecimento de grandes superfícies, em especial de cash & carry. Valeu na altura a determinação da sua viúva, Maria Sanchez Bueno da Costa que, apoiada e aconselhada pelo único advogado de longos anos, Rolando João Pires Teixeira, tudo fez, inclusive recorrendo ao seu património pessoal, para que a Fundação se viesse a constituir. Há cerca de 20 anos que, continuadamente, a Fundação vem auxiliando alunos carenciados, com benefícios de diversa ordem, designadamente, Bolsas de Estudo, Prémios Escolares, e pagamentos de refeições, entre outros.





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